Combater o absenteísmo nas organizações é um dos desafios que os gestores de Recursos Humanos enfrentam atualmente.
O número de ausências dos colaboradores no ambiente de trabalho, levando-se em conta um determinado período, prejudica o desempenho esperado pela organização, comprometendo os resultados do negócio.
Diante desse cenário é fundamental que as empresas identifiquem quais são os principais fatores causadores do absenteísmo para que possam elaborar um plano de ação com o objetivo de reduzir esses índices e, consequentemente, ganhar em eficiência e competitividade.
Há diversos fatores que contribuem, desde doenças até a falta de motivação e problemas pessoais. Confira alguns dos mais comuns:
Todos os dias, milhares de colaboradores se ausentam do trabalho com o objetivo de buscar ajuda para incômodos de ordem física.
Além destes, os transtornos mentais e emocionais merecem cada vez mais atenção nas organizações. No Brasil, estudos indicam que a depressão, estresse e outras síndromes, como a de Burnout são a segunda maior causa de absenteísmo nas empresas.
De acordo com o International Stress Management Association, 9 em cada 10 profissionais brasileiros possuem algum sintoma de ansiedade, e aproximadamente metade dos trabalhadores no Brasil já conviveu com a depressão. O assédio moral também é identificado como motivo para faltar ao trabalho.
A mobilidade urbana precária, principalmente em grandes centros como São Paulo e outras capitais, somada a problemas de ordem pessoal, como as dívidas, doenças na família e divórcios, atrapalham a concentração e o bem-estar das pessoas no ambiente de trabalho.
Ao longo dos meses, os profissionais podem se tornar improdutivos, além de pessoas estressadas, ocasionando novas faltas ao posto de trabalho.
Profissionais descomprometidos com o trabalho têm mais chances de se ausentarem de seus postos, justamente por não enxergarem motivação ou propósito no que fazem.
Assim, acabam encontrando desculpas como doenças, imprevistos e até mesmo morte na família para faltar e buscar um novo emprego.
O absenteísmo pode revelar, em certo grau, falha na gestão de RH da empresa. É preciso treinar o olhar para identificar algumas situações da rotina da organização a fim de identificar oportunidades de melhorias. Enumeramos para você algumas delas. Acompanhe:
Quando a empresa estabelece metas, geralmente, já é uma circunstância que pode causar grande estresse nos colaboradores. Quando elas são impossíveis de serem alcançadas, então, podem sufocar os profissionais da empresa.
Neste momento, talvez por falta de habilidades emocionais, ou por não estarem preparados para lidar com a situação, os profissionais fogem do ambiente de trabalho.
Uma liderança despreparada pode delegar de forma arbitrária aos colaboradores, o que afugenta os membros de sua equipe.
Assim, a preparação dos líderes com treinamentos e desenvolvimento de competências técnicas e emocionais é primordial para o sucesso da condução do time interno, e consequentemente, a redução do absenteísmo.
Profissionais que se sentem limitados por falta de infraestrutura, ou seja, de equipamentos e tecnologia que ofereçam suporte para a execução de suas atividades, são fortes candidatos ao absenteísmo.
Pode ocorrer nos setores uma má distribuição das atividades entre os colaboradores, sobrecarregando alguns e favorecendo outros.
Quando isso acontece, uma série de questões aparece para quem se sente prejudicado, como a insatisfação com o trabalho, estresse e falta de engajamento, o que culmina no absenteísmo, e, em certos casos, no desligamento da empresa.
Para acabar com este verdadeiro vilão da produtividade, a primeira coisa a fazer é identificar as causas que levam as pessoas a se ausentarem da empresa.
Os motivos variam de acordo com a organização, por isso, é válido recorrer às pesquisas de clima organizacional, cujos resultados revelam as causas que levam as pessoas a se ausentarem do trabalho.
Se a questão for relacionada aos problemas de saúde, uma solução viável é investir em um programa de qualidade de vida que contribua para resolver as reais necessidades das pessoas que fazem parte da empresa.
É importante ressaltar que, além dos problemas de saúde física, é fundamental falar sobre a saúde mental dos funcionários, que já é um ponto crítico para muitas organizações.
Treinamento e desenvolvimento precisam estar entre as prioridades das empresas que querem combater o absenteísmo.
Um bom planejamento auxilia na capacitação das equipes e contribui para que elas atuem em um outro nível de qualidade e excelência, além de incentivar a motivação interna.
A empresa, em seus programas de treinamento, deve abordar o desenvolvimento e o aprimoramento da resiliência. Esta competência emocional é um fator determinante para a redução de faltas e o presenteísmo, que é quando a pessoa está no trabalho fisicamente, mas não consegue produzir porque sua mente está longe.
Muito utilizada em empresas de culturas mais evoluídas, a política do trabalho flexível, onde o colaborador pode ajustar o horário de trabalho à rotina, ou até mesmo realizar seu trabalho em casa, no modelo home office, são práticas que contribuem para que o índice de absenteísmo caia consideravelmente.
É importante incentivar as conversas abertas e estruturadas entre a liderança e os colaboradores. Para que isso ocorra com mais sucesso, é preciso preparar os líderes. Assim eles serão capazes de manter um ciclo de comunicação eficiente, ajustando os objetivos e definindo novos desafios que serão capazes de despertar o engajamento dos verdadeiros e bons talentos, aqueles que farão a organização alcançar seus objetivos.
A comunicação interna oferece a oportunidade de criar uma relação de confiança entre pessoas e empresa.
Por isso, é essencial investir em um sistema de comunicação que realmente funcione, compartilhando informações relevantes e os objetivos a serem alcançados por colaborador e pelo setor.
Para tanto, aposte em informativos como murais, newsletters, e-mails, jornais e comunicação face a face.
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