Resiliência: Dados da polícia escocesa apontam que 53.000 dias de trabalho foram perdidos nos últimos dois anos devido ao estresse relacionado ao trabalho.
Isso não é particularmente uma surpresa. Serviços de emergência estão entre os trabalhos considerados com maior nível de estresse. Por óbvio, estes profissionais deveriam ser preparados para lidar com a pressão, contratempos e desafios, a fim de manter o bem-estar e o alto desempenho em seus postos de trabalho. Ou seja, deveriam ter avaliada e desenvolvida sua capacidade de resiliência.
Na psicologia aplicada aos negócios, definimos o conceito de resiliência como: a capacidade das pessoas em responder de forma positiva as adversidades, desafios e forte pressão. Pare para pensar sobre essa definição. Ela se aplica bem a você?
Todos nós encontramos alguma forma de estresse e desafio no trabalho. Talvez seja a pressão por prazos ou as mudanças difíceis no trabalho que você tem que se adaptar. Algumas situações são naturalmente mais fáceis de lidar do que outras. A grande questão, a partir de uma perspectiva de gestão de talentos, é: deveríamos realmente avaliar a resiliência ao recrutar pessoas? Isso economizará algum dinheiro mais tarde em termos de desenvolvimento também?
A resposta é sim, e aqui estão cinco razões pelas quais acreditamos nesta afirmativa:
O ritmo de mudança no mundo do trabalho é maior do que nunca. Pense em como a inovação de telefonia móvel avançou apenas na última década sozinha. Agora pense sobre as mudanças na tecnologia, na economia e na política que as organizações têm que se adaptar constantemente no local de trabalho moderno. Para que uma organização resista a essas mudanças rápidas, sua população também precisa ser individualmente resiliente.
Em um mercado de trabalho onde a competitividade e agenda extenuante são cada vez maiores em todos os níveis hierárquicos, o estresse crônico é o pano de fundo de várias doenças, como o acidente vascular cerebral e o enfarte do miocárdio. O ambiente corporativo, hoje, é considerado uma verdadeira fábrica de estresse.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), na União Europeia, o custo com problemas de saúde mental relacionados ao trabalho supera 3% do PIB. Na Inglaterra, três em cada dez funcionários são vítimas das “exigências de produtividade”, ao custo de 10% do PIB. Na Alemanha, 7% das aposentadorias precoces são provocadas por depressões.
Nos EUA, o estresse custa às empresas US$ 200 bilhões por ano, em função do absenteísmo, perda de produtividade, internações hospitalares, indenizações de seguros e despesas judiciais.
No Brasil não é diferente, uma pesquisa realizada pela Med-Rio Check-up que já realizou mais de 100 mil check-ups médicos em executivos, homens e mulheres, das maiores empresas do país revelou que, dos executivos avaliados, 70% dos homens e 55% das mulheres apresentam altos níveis de estresse, adotando um estilo de vida inadequado.
Dados de um estudo elaborado pela Isma-BR (International Stress Manegement Association no Brasil) apontam que o estresse foi responsável por um aumento de 140% nos gastos trabalhistas das empresas nas últimas décadas. Estima-se que o prejuízo seja de 3,5% do PIB do Brasil, considerando faltas, ausência na empresa, presenteísmo (quando a pessoa está fisicamente no local, mas alheia ao que faz), e a licença-médica, com os problemas todos de saúde.
A incorporação da resiliência nas decisões de seleção, portanto, faz sentido financeiramente.
As pessoas querem trabalhar para organizações que se preocupam com elas. A qualidade de uma nova contratação é proporcional a qualidade do processo de recrutamento e os melhores processos de seleção proporcionam grandes experiências aos candidatos para atrair os melhores talentos. Não é somente avaliando a resiliência que fará com que os candidatos acreditem que a empresa está preocupada com o bem-estar de sua equipe, porque isso faz parte de uma série de práticas. No entanto, irá dar a eles uma pré-visualização da cultura da empresa ao qual estão se candidatando.
De acordo com pesquisas, pessoas que são resilientes tendem a ter um ajuste maior com a organização, são mais comprometidas e mais satisfeitas com seu trabalho. Se dois candidatos pontuarem igualmente em avaliações técnicas e perfil comportamental, então a resiliência será, muitas vezes, o fator decisivo de quem é o melhor para assumir o cargo a longo prazo.
Através de pesquisas e pela prática sabe-se que a resiliência realmente melhora a qualidade do trabalho de um indivíduo, o que significa que ela tem um impacto tangível na performance.
O engajamento dos colaboradores é outro aspecto importante que mostrou estar relacionado a níveis mais altos de resiliência, promovendo melhor atendimento ao cliente, criatividade e maior desempenho como um todo também.
A A&DC realizou um estudo com 561 colaboradores, dos quais 49,7% eram do sexo masculino e 50,3% eram do sexo feminino. Os participantes foram convidados a completar o Questionário de Resiliência e a preencher um questionário que medisse seu engajamento. Os resultados da correlação entre as escalas trouxeram evidências de que quanto mais resiliente for um colaborador, mais provável será de ele se comprometer com a empresa. Portanto, se você for capaz de aumentar os níveis de Resiliência de um indivíduo, é muito provável que ele se torne mais engajado.
Na análise houve correlações significativas entre todos os oito componentes de resiliência e o engajamento.
Outro estudo avaliou a resiliência e a performance, examinando cargos gerenciais e sua relação com a resiliência. Esta análise foi baseada em 1584 profissionais. Todos os oito componentes de resiliência foram significativamente correlacionados positivamente com o nível gerencial, quando a idade foi controlada. Isso significa que as pessoas que ocupam cargos superiores de gestão geralmente têm níveis mais altos de resiliência, independentemente da idade. Ou seja, a análise sustentou que a resiliência está relacionada ao nível gerencial e a performance.
Todos os aspectos levantados nesse artigo apenas reforçam a importância que a avaliação da resiliência tem para os processos e tomada de decisão em gestão de pessoas. Mais de 70% dos profissionais de recursos humanos já valorizam e reconhecem a resiliência como parte fundamental na avaliação de um profissional, mas até então não tinham como mensurá-la. O Questionário de Resiliência é a primeira ferramenta desenvolvida para ser utilizada no contexto organizacional.
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