Por mais que a resiliência não seja um conceito novo, até pouco tempo atrás, a maioria dos pensamentos que se tinha em relação a ela diziam respeito a questões de sobrevivência. Com o passar do tempo, no entanto, ela foi ganhando sentidos muito mais amplos, passando a ser uma competência fundamental, inclusive, nos ambientes de trabalho.
É por conta disso que, neste texto, vamos abordar qual é a importância desse conceito nos meios corporativos e, mais do que isso, como ele pode ser avaliado nos profissionais.
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Com o significado originário da física — que diz respeito à capacidade que alguns materiais têm de voltar a seus estados originais sem deformações —, a resiliência é um conceito que passou a ser empregado em diversas outras áreas.
Dessa forma — e sobretudo em um contexto de transformações sucessivas no mundo e, consequentemente, nos ambientes corporativos —, a resiliência tem sido vista como uma competência essencial. Ela diz respeito a quanto o profissional está preparado e disposto a enfrentar todas as mudanças, superando as adversidades de uma forma positiva.
Nesse sentido, caso um profissional tenha a resiliência desenvolvida, significa que ele mantém uma vantagem competitiva, é capaz de sustentar uma alta performance e não se afeta tanto diante de estresses diários.
Em suma, esses fatores não só fazem com que o profissional tenha sucesso, mas que também leve sucesso para a organização na qual está inserido.
Atualmente, no mundo corporativo, são muitas as tensões que passaram a afetar cada vez mais os colaboradores. Entre elas, podemos destacar:
Em meio a isso, com as organizações buscando resultados com a menor quantidade de investimentos possível, a presença de profissionais resilientes começou a se tornar um aspecto ainda mais providencial.
Isso porque são eles que garantem a alta produtividade mesmo em meio a imprevistos e pressões constantes.
O profissional resiliente não deve ser visto como aquele que não se estressa, mas sim que lida com as dificuldades do cotidiano de forma construtiva. O estresse, inclusive, pode ser entendido como um impulsionador no dia a dia dos profissionais — contanto que até um nível aceitável, evidentemente.
Quando o profissional não conta com nenhum nível de desafio, principalmente no contexto organizacional, há grandes chances de que ele fique acomodado e, consequentemente, não performe bem.
Em meio a isso, quando há um certo nível de estresse relacionado a algum desafio ou mudança, os profissionais podem atingir uma performance mais alta e se engajar mais na resolução dos problemas. Nesse contexto, a pessoa com a resiliência bem desenvolvida pode ser definida como aquela que responde de forma positiva às pressões e não se deixa abater tanto diante das dificuldades.
Agora que você já entendeu melhor sobre a importância da resiliência no mundo corporativo, é hora de falarmos como ela pode ser avaliada de forma efetiva.
Por mais que hoje seja comum a avaliação dessa competência no ambiente profissional, antigamente, a avaliação da resiliência era realizada apenas no contexto clínico.
Com o passar do tempo, no entanto, foram surgindo algumas alternativas mais específicas, que passaram a tratar a resiliência como uma competência. De acordo com esse entendimento, todas as pessoas são resilientes em determinado grau e têm estratégias diferentes para responder às situações do cotidiano.
Foi nesse contexto que surgiu o Questionário de Resiliência, primeira ferramenta a ser desenvolvida especificamente para o contexto organizacional. Podendo ser aplicado para todos os profissionais da empresa, ele se destaca por avaliar a resiliência das pessoas por meio da mensuração de 8 aspectos que dizem respeito ao perfil de resiliência de cada um.
Assim, a empresa tem um parâmetro de como a pessoa tende a reagir diante de situações desafiadoras e, consequentemente, pode planejar melhores ações a partir disso.
Dessa forma, muitas instituições passaram a utilizar o Questionário de Resiliência para processos seletivos, definições de quem seria um melhor gestor, elaboração de programas de desenvolvimento, entre diversas outras aplicações.
Complementarmente ao que foi tratado acima, o Questionário de Resiliência é uma ferramenta totalmente online que conta com algumas questões para a avaliação do perfil de resiliência dos profissionais.
Para tanto, os participantes devem acessar um convite e responder a algumas perguntas. Após isso, são gerados alguns relatórios que indicam o perfil de resiliência com base nestes 8 componentes:
Depois que o relatório é gerado, é sempre conveniente a realização de uma entrevista de devolutiva dos resultados, seja pelos gestores ou por parte do RH das empresas. Esse momento serve para validar, justamente, a pontuação das pessoas em cada um dos componentes e refinar o processo.
Para tanto, pode-se pedir exemplos aos profissionais sobre por que cada resposta foi dada e tentar entender alguns parâmetros. Assim, o resultado pode contribuir de forma ainda mais efetiva para as ações tomadas a partir dos diagnósticos gerados.
Principalmente para o desenvolvimento, o indicado é que a reaplicação ocorra no intervalo de, mais ou menos, um ano.
Como a resiliência é uma capacidade que pode ser desenvolvida, para que tenha um resultado efetivo dentro de um programa de desenvolvimento, é necessário um tempo mínimo de 6 meses para que o profissional demonstre a mudança de comportamento.
Com o coaching, que é um programa de desenvolvimento intensivo, pode acontecer que os profissionais efetivem a mudança em menos tempo.
E então, este artigo foi útil para você entender como avaliar a resiliência profissional? Assine nossa newsletter e leia mais sobre como desenvolver os colaboradores de sua empresa!