Um artigo da revista Época Negócios trouxe uma pesquisa realizada com mais de 113 mil profissionais da América Latina, que buscava entender quais são os líderes mundiais mais admirados do mercado internacional. O Bill Gates, fundador da Microsoft, ocupou o topo da lista. De fato, todas as empresas querem desenvolver líderes eficientes e inspiradores como o Bill Gates e que tenham seu perfil comportamental.
E para atingir esse objetivo, muitas instituições estão usando o perfil comportamental. Quer entender como fazer o mesmo em sua empresa? Veja as dicas que trouxemos abaixo:
Cada indivíduo possui características distintas que regem a sua maneira de lidar com diversas situações na vida. Todos esses traços de personalidade compõem seu perfil comportamental. De modo similar, há diferentes tipos de liderança, e conhecê-los é fundamental para que a instituição escolha líderes que sejam compatíveis com a sua cultura interna.
Com base nessas informações, podemos listar os principais perfis de liderança. São eles:
Trata-se de um tipo de chefia muito utilizado no passado, mas que está perdendo força no atual cenário corporativo. Esse perfil de liderança traz um chefe autocrático e centralizador, ou seja, não dá liberdade para que a sua equipe tome decisões.
Isso significa que cada detalhe das tarefas executadas em sua área precisa ser aprovado por ele. Além disso, esse líder não delega responsabilidades e tem dificuldades em ouvir sugestões e ideias inovadoras de outros.
Embora uma direção assim mantenha a equipe sobre suas rédeas, ela deixa a desejar na construção da confiança e respeito mútuo, sentimentos essenciais para um ambiente interno produtivo.
Por outro lado, há líderes que tem um contato muito próximo com os colaboradores. Eles ouvem a opinião de todos da equipe, tentam pôr em prática as suas sugestões e não tem dificuldades em dividir tarefas e recompensar bons resultados.
Porém, chefes com um perfil paternalista tem a tendência de dar menos feedbacks. Além disso, não costumam cobrar pelo alcance das metas estabelecidas para o setor que gerencia. Outra limitação que esse tipo de líder possui é a dificuldade reconhecer os colaboradores que são ineficientes e que precisam ser treinados para desenvolver suas habilidades.
Atualmente, as empresas estão de olho nesse tipo de liderança, em especial as instituições mais jovens e as startups. Afinal, o perfil democrático se encaixa muito bem com a cultura interna inovadora existente em muitas empresas modernas.
Quando o chefe é receptivo a ideias de toda a equipe, cria-se a chamada participação colaborativa. Desse modo, todos ficam envolvidos na solução de problemas, estabelecimento de metas e a coordenação das atividades rotineiras. Esse ambiente gera maior engajamento e produtividade dos colaboradores.
Alguns líderes são verdadeiros treinadores dos membros do seu time de trabalho. Eles conseguem identificar talentos, potencializar competências e otimizar o desempenho dos profissionais. Geralmente, esses chefes são comunicativos e observadores, prezam pela excelência e fomentam programas de treinamento e desenvolvimento para os colaboradores.
Segundo a pesquisa citada no início deste artigo, 71 % dos entrevistados disseram admirar líderes que são focados em desenvolver as habilidades de seus subordinados, ou seja, chefes coachs.
É importante que a empresa defina o tipo de liderança ideal com base em suas estratégias de negócios. Aqui, há um detalhe interessante: não é necessário usar apenas um perfil de chefia para todos os departamentos da companhia. Mas como assim?
Bom, as necessidades de um setor podem ser diferentes das de outro. Por exemplo, talvez um chefe de RH precise ser mais voltado para resultados do que o da contabilidade. No entanto, há características que precisam ser comuns a todos eles. Se a cultura interna da empresa for a inovação, todos os chefes terão de ser pessoas que se reinventam a todo o instante, fomentando a fertilização de novas ideias nos colaboradores.
Após a etapa da definição, é preciso começar a desenvolver nos profissionais internos o estilo de liderança intencionado pela empresa. Mas como fazer isso? Por meio do perfil comportamental.
Esse processo faz parte de um programa de desenvolvimento de líderes que toda instituição deveria ter. Atualmente, os avanços tecnológicos trouxeram ferramentas para a análise do perfil de profissionais, como o PDA (Personal Development Analysis). Com essa aplicação, a instituição consegue traçar o tipo de chefia que uma determinada área interna precisa.
A partir daí o sistema, com base no banco de dados que tem informações sobre os colaboradores, indica os profissionais que possuem habilidades compatíveis com as exigências de um cargo de direção. Então, a empresa pode começar a desenvolver esses trabalhadores para futuramente ocuparem um cargo de liderança.
Durante esse processo, por meio de vários testes, estudos e técnicas, o profissional será ajudado a potencializar as suas competências e minimizar os seus pontos fracos. Além disso, é possível descobrir a compatibilidade de um futuro chefe com a equipe que gerenciará. Com todo esse suporte, a instituição consegue obter líderes que inspirarão os colaboradores a darem o seu melhor pela empresa.
Organizações bem administradas são mais bem-sucedidas, e o maior exemplo disso é a empresa Google. Em um podcast feito pelo site Google Patners, uma das gerentes da empresa, Sarah Calderon, revelou que a organização segue alguns critérios para a escolha de um líder. Entre eles, está a facilidade do profissional em lidar com pessoas e a entrega de excelentes resultados.
A consequência desse programa de desenvolvimento de líderes da Google é demonstrada pela revista Fortune. Todo ano, esse veículo de comunicação premia as melhores empresas para se trabalhar. Em 2017, a Google ganhou pela oitava vez o primeiro lugar dessa premiação.
Os mesmos princípios que a Google segue para escolher sua chefia podem ser aplicados também em sua instituição. Se fizer isso, a employer branding (marca empregadora) de sua empresa será muito atrativa. Desse modo, os talentos profissionais disputarão uma vaga em sua companhia, pois terão muita vontade de trabalhar com os eficientes líderes encontrados dentro do seu ambiente interno.
Para ter esses resultados em sua instituição, é preciso criar um programa para o desenvolvimento de líderes com base no perfil comportamental. Desse modo, você terá muito que comemorar na sua empresa!
Gostou de saber como o perfil comportamental pode ajudar a desenvolver líderes? Então aproveite para entender também como medir o potencial de liderança de um profissional!