A área de Recursos Humanos, com o passar dos anos, tem se tornado cada vez mais uma parceira estratégica das lideranças dentro das empresas. Para isso, as empresas têm fornecido subsídios para que as lideranças possam se desenvolver, proporcionando autoconhecimento, auxiliando-as a identificar seus pontos de melhoria, fortalezas, oferecendo capacitações e oportunidades de desenvolvimento para que possam evoluir em suas atividades enquanto gestores de pessoas.
A crença de que a responsabilidade de desenvolver pessoas é apenas da área de Recursos Humanos já está ultrapassada e cada vez mais se reforça que os funcionários não se demitem de suas empresas e sim de seus gestores. Para isso, a área de Recursos Humanos deve apoiar fortemente as lideranças de suas empresas neste momento de mudança de mindset e oferecer suporte para as mudanças que o mercado de trabalho vem apresentando.
Outro aspecto importante é que a forma de pensar e construir a carreira mudou. Em um passado não tão distante as pessoas realizavam suas atividades sem questionar, e neste contexto se atendiam as expectativas da empresa com relação a entrega de resultados, mas a que custo o atingimento de metas acontecia não era tão levado em consideração. O momento atual é diferente e encontramos muitos questionamentos, dúvidas e incertezas relacionadas ao “Por que fazemos o que fazemos?”
O perfil do profissional do século XXI no mercado de trabalho é bastante diversificado. Possuímos alguns profissionais que valorizam a estabilidade e não fazem a gestão de sua carreira, pois acreditam que isso é mais responsabilidade da empresa e do gestor do que deles mesmos. Ele levanta de manhã torcendo para que chegue a hora de voltar para casa e não se questiona sobre a falta de satisfação no trabalho, o mais importante é que esteja empregado.
Estes profissionais esperam ver seus resultados dentro da organização de forma rápida, ou podem acabar muito rapidamente se frustrando e buscando uma nova oportunidade. A nova geração necessita estar feliz onde está, faz questionamentos e se questiona, e são esses perfis e demandas profissionais que um gestor encontra e precisa gerenciar em um ambiente de trabalho diariamente.
As transformações no mercado de trabalho com o passar dos anos também nos trouxeram grandes mudanças na legislação trabalhista, ou seja, hoje é importante o “a que custo tem se alcançado os resultados dentro das empresas”. Então, mesmo que o profissional seja disponível, atencioso e até submisso em alguns momentos não significa que ele esteja satisfeito ou feliz com o seu gestor e empresa. A forma que o gestor conduz sua equipe para o alcance de resultados não pode causar nenhum dano aos seus colaboradores. Para que isso ocorra de uma forma positiva é recomendado que se execute, de fato, na prática a gestão das pessoas, promovendo o engajamento de seus colaboradores e a transparência dentro da equipe, evitando desta forma também ações trabalhistas.
Afinal, diante deste cenário, fica a dúvida de como desenvolver lideranças, considerando que além de toda carga de trabalho e responsabilidades que a posição de um gestor tem, ele ainda responde pelos resultados da sua equipe. Além disso, espera-se que um líder preserve e dissemine positivamente a imagem da empresa e que atue para que indicadores da área de Recursos Humanos como turnover e absenteísmo não aumentem.
Infelizmente pessoas são diferentes e a todo momento podem mudar, portanto, não é possível utilizar uma fórmula mágica. Mas, neste artigo vou sugerir algumas opções para você, profissional do RH e até mesmo você, gestor, aplique para fazer Gestão de Pessoas.
É de suma importância que o gestor possua um mapeamento de sua equipe. Quando se conhece a equipe de trabalho, passa-se a lidar melhor com ela, sabe o que a motiva, o que a desmotiva, qual é a sua necessidade e como é possível trabalhar com ela de modo que faça a entrega de resultados. É de suma importância investir tempo e budget para conhecer a equipe e a particularidade de cada integrante do time através de uma analise de perfil.
É importante demonstrar um interesse genuíno pelas pessoas dentro da equipe, e esse interesse só pode ser demonstrado estando presente. Estar presente pode ser apenas aquele “bom dia, tudo bem com vocês” e esperar que de fato as pessoas respondam. Dentro desta mesma lógica, saber dos possíveis desafios que os colaboradores enfrentam dentro e fora do trabalho pode ajudar o gestor a conduzir e tratar da melhor forma possível os problemas dentro de sua equipe, bem como evitar a queda de desempenho. Por isso, sempre que puder, o gestor deve se fazer presente.
Se a empresa não investe em autoconhecimento, fica a dica que todo gestor deveria investir por conta própria. Afinal, ele só conseguirá trabalhar melhor com os outros a partir do momento que conseguir lidar melhor consigo mesmo e compreender as suas próprias dificuldades. Exercitar a empatia com os membros da equipe ajudará a entender que todos somos diferentes e todos temos batalhas internas para vencer diariamente.
Os programas de lideranças dentro das empresas cresceram significativamente, muitas empresas investem em academias de lideranças visando a excelência em seus resultados a partir de lideranças mais assertivas.
O alinhamento entre gestor e colaborador certamente levará a sua empresa para um outro nível. O processo pode parecer trabalhoso, mas com certeza, os resultados serão mensuráveis e impactarão diretamente no negócio.
Nele, é de suma importância mapear o perfil comportamental de suas lideranças e também o pipeline delas, provavelmente nem todos os gestores possuem o mesmo know-how na função e para que o programa possa ser aplicado da forma assertiva, é fundamental possuir todos estes itens de forma clara para o condutor do programa.
Ferramentas como o PDA Assessment são bastante utilizadas para o mapeamento comportamental pois, além de promover o autoconhecimento através do relatório de análise de perfil, possui um recurso adicional de mapeamento de competências que pode auxiliar no desenho do programa e plano de desenvolvimento. Outra ferramenta indicada para programas de desenvolvimento de lideranças chama-se Dilemas de Gestão, esta tecnologia permite enxergar o pipeline das lideranças, medindo as habilidades de julgamento gerencial e tomada de decisão em cenários típicos de liderança no mundo corporativo.
Após um mapeamento consistente é possível traçar as estratégias de desenvolvimento para levar as suas lideranças para um outro patamar, mais preparados para os desafios atuais.
Em um novo artigo falaremos de 5 passos para traçar estratégias efetivas no seu projeto de desenvolvimento de lideranças a partir da metodologia Sprint.
Até mais,