Alguns diriam que é apenas uma palavra, mas uma palavra que tem sido usada cada vez mais nos últimos anos. No entanto, embora “nova”, o caráter dado a ela está longe de ser novidade. A resiliência é geralmente associada à capacidade de você “se recuperar após ser derrubado”, com uma resposta positiva e proativa às adversidades.
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Mas, também, é muito mais que isso. É fácil listar os comportamentos nos quais uma pessoa precisa se engajar para responder de maneira resiliente às situações. Eles geralmente fazem todo o sentido, mas se comportar dessa maneira diante de desafios e adversidades é outra coisa. Isso porque a resiliência exige uma força psicológica e interna das pessoas. Se elas têm isso ou não, e em que quantidade, depende de como foi sua experiência de vida até aquele momento e de como responderam – ou foram ajudados a responder.
Algumas pessoas parecem enfrentar desafios e adversidades constantes e, ainda assim, enfrentam todas as situações com uma determinação proativa que as leva a novas respostas e soluções, novas maneiras de ser e de fazer. Outras pessoas passam por situações semelhantes e ficam sobrecarregadas, estressadas e até clinicamente deprimidas. Mais uma vez, o velho debate natureza x criação entra em cena quando perguntamos o porquê. Por exemplo, pode ter sido um desafio comercial ou profissional que ameaçou todo o seu futuro e meios de subsistência, mas com o qual você superou para desenvolver algo muito mais sustentável e produtivo, encontrando inspiração e motivação para seguir em frente.
É uma das qualidades mais importantes para líderes e gestores terem nesses tempos turbulentos em que vivemos e trabalhamos, devido ao Covid-19. Vivemos com incerteza, complexidade, ambiguidade, paradoxo e imprevisibilidade. Mas o que é essa soft skill chamada “resiliência”, como você se torna uma pessoa resiliente e por que ela é essencial para a obtenção de resultados das organizações?
Imagine uma organização formada por pessoas que se adaptam bem em ambientes dinâmicos e mutáveis, onde os funcionários lidam com desafios de maneira eficaz e usam obstáculos como catalisadores para aprender e melhorar o que fazem. Imagine, também, uma empresa que prospera em uma cultura de alto desempenho, onde os funcionários desejam melhorar continuamente sua produtividade para obter mais resultados. Agora, imagine uma empresa que apoia e incentiva seus líderes a prosperarem em ambientes desafiadores e a criarem os líderes do futuro em suas equipes.
Se a sua organização tem algum desses cenários imaginários, você pode ter certeza que o caminho para um negócio resiliente está mais curto! Contar com profissionais e gestores que encaram de frente os desafios faz parte da jornada para que as metas e objetivos sejam atingidos e são o primeiro passo em direção ao sucesso!
Levando em conta a fase econômica e corporativa atual, sabemos que as mudanças são e ainda vão ser inevitáveis dentro das empresas por um longo período de tempo. Nesse caso, é imprescindível que os “cabeças de área” sejam ainda mais resilientes e transmitam segurança para seus times, mesmo que os tempos sejam difíceis e incertos.
Além disso, a resiliência nos líderes está bastante ligada ao fato de que errar é normal e que até em posições e funções mais prestigiadas, o erro pode acontecer. Saber lidar com isso e transparecer aceitação e reconhecimento faz com que o seu time acredite que, assim como eles, você também é humano.
O líder deve ser o exemplo a ser seguido, então aproveite a oportunidade para dar feedbacks 360 construtivos e que impulsionem os seus profissionais à melhora e autoconhecimento.
A capacidade de confiar no seu trabalho, nas suas decisões e acreditar que aquilo é o melhor não só para si, mas para todos também, é uma característica de líderes resilientes. Não se desesperar caso tenha que descobrir novas maneiras de resolver alguma situação faz parte da autoconfiança.
Nos dias atuais, ser persistente pode ser um desafio – sabendo de todo o cenário atual que gera indecisões e precisão nas informações. Não se cansar fácil de ir atrás do objetivo comum e não desistir, mesmo em meio às dificuldades, são marcadores desses líderes que possuem resiliência como traço de comportamento.
Não é estar otimista o tempo inteiro, até mesmo em situações em que não há como ser, mas é saber que pode haver um plano B para aquela situação que está se encaminhando para um lado ruim ou errado. Líderes resilientes sabem como aproveitar esses momentos para descobrir novos jeitos de lidar com o cenário.
Provavelmente uma das mais importantes características, a empatia está presente nesta lista por ser bastante comum em líderes resilientes. Conseguir se colocar no lugar do seu time ou colaborador e entender a raiz da adversidade pela qual você ou ele está passando gera mais humanidade. A solução para o problema vem de forma mais fácil – e em conjunto.
Investir em gestores e líderes que sejam resilientes e desenvolver essa soft skill nas lideranças faz com que a equipe inteira fique mais motivada. Ainda, faz com que ela acredite que é possível, sim, encarar as adversidades com mais leveza e compreensão – e menos estresse. O sucesso das empresas está diretamente ligado a como seus colaboradores se sentem e o quanto são produtivos e motivados, tanto pela gestão de pessoas, quanto, e principalmente, pelos seus gestores.
Acreditar que há uma saída para os problemas e que é possível seguir em frente mesmo quando a situação não parece favorável não é otimismo. É a capacidade de enxergar além das dificuldades e acreditar que existe um outro lado (mais positivo) daquilo.