Blog Grou

Entenda o poder da capacidade de resiliência para um líder

Escrito por Redator Grou | 11/09/2017 10:54:16

O mercado exige constantes mudanças das empresas que querem se manter competitivas e obter destaque frente aos seus clientes. Nesse cenário de instabilidade, a resiliência é uma das competências fundamentais para um líder desenvolver uma boa gestão e conseguir estimular os colaboradores a darem o seu melhor na organização.

Levando o universo corporativo como base e a importância da resiliência nele, elaboramos este post. Falaremos sobre o significado desse conceito e de algumas, das diversas possibilidades que apresenta.

Quer entender um pouco mais sobre a relação entre resiliência e liderança? Então, continue a leitura!

Como um líder resiliente atua?

A resiliência é um conceito muito amplo. Mas de forma objetiva, podemos afirmar que diz respeito à habilidade do indivíduo de se adaptar positivamente a situações de pressão, adversidades, desafios e transformações, mantendo o foco, a produtividade e a eficácia.

Enfim, são muitos os fatores que influenciam na tomada de decisão dos diretores de uma empresa e requerem a rápida ambientação de seus profissionais para não haver prejuízos ao negócio. Há, por exemplo, o impacto das novas tecnologias nos meios de produção, as alterações em processos motivadas pelos resultados do monitoramento, da avaliação e os cortes no orçamento.

Desse modo, os líderes precisam entender que é necessário o envolvimento direto com a equipe. Com essa prática, ele faz com que os valores da instituição sejam mais evidentes, provando com argumentos diretos e ações convincentes, a necessidade do apoio da equipe para que as metas organizacionais sejam atingidas.  O resultado tende a ser um time altamente engajado, que abraça as estratégias internas e as inovações decorrentes delas.

Características de um líder resiliente

O líder resiliente interpreta a adversidade de uma perspectiva circunstancial, como uma oportunidade de aprendizado. E o processo é muito interessante, afinal, os colaboradores veem na prática os benefícios dessa competência.

Por isso, é sempre válido lembrar dos conceitos: employee experience, endomarketing e design thinking. Neles, ressalta-se a necessidade de promover um ambiente de trabalho personalizado para os colaboradores.

Existe um outro aspecto importante e que não é novidade: um líder que controla suas emoções e não age por impulso, evita atos desastrosos. Quantas vezes nos arrependemos por decisões que tomamos de “cabeça quente”? Motivados pela raiva, podemos inibir o lado racional do nosso cérebro, fazendo com que nos expressemos mal e causemos desentendimentos.

É muito valioso manter a racionalidade em situações adversas por meio da inteligência emocional. Normalmente, os líderes que possuem essa habilidade  não se deixam levar pelo calor dos sentimentos e pensam em soluções para os problemas que se interpuserem em seu caminho. Os impulsos não tiram o foco do seu trabalho.

O líder resiliente também costuma ser otimista. Ele tende a enxergar o lado bom das coisas, inclusive dos erros, tirando proveito de cada experiência. Por saber que  novas oportunidades são oferecidas a cada dia, ele está disposto a encará-las de forma positiva e a evoluir com elas.

As ações que não deram certo no passado representam aprendizado e aprimoramento profissional. Na cabeça desse líder, o desespero e a frustração frente ao erro dão lugar à busca de novas formas para alcançar o sucesso. Assim, os erros ficam “arquivados” no passado e servem como lição para ações no futuro.

Como se desenvolver a resiliência?

Um dos primeiros passos para quem busca essa solução é o reconhecimento de que a habilidade é valiosa e pode trazer muitos benefícios. Para isso, é necessário ter vontade de evoluir! O líder pode implementar, aos poucos, certas ações em sua rotina pessoal e profissional, fazendo um acompanhamento desse avanço.

O que queremos reforçar aqui é que a resiliência é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Há, inclusive, algumas tecnologias que facilitam o fortalecimento dessa aptidão. O questionário de resiliência, por exemplo, é uma ferramenta que mede os padrões de pensamento do indivíduo, as preferências e os comportamentos que afetam a  capacidade de uma pessoa responder de forma positiva às adversidades e desafios.

A ferramenta fornece informações sobre como os componentes do “perfil de resiliência” de uma pessoa podem ser aprimorados. Ela não se limita a avaliar, apenas, se o profissional tem determinadas caraterísticas ou não.

Com a facilidade de ser online, o questionário reúne oito componentes da resiliência, mapeados por meio de pesquisas:

  • autoconfiança;
  • otimismo;
  • busca de apoio;
  • direção com propósito;
  • adaptabilidade;
  • criatividade;
  • orientação para o desafio;
  • controle emocional.

Após o preenchimento, que tem caráter de trazer evolução e aprimoramento e nunca punição, o questionário fornece um resumo dos resultados em cada componente e opções de ação para o aprimoramento.

Além disso, é feita uma apresentação dos scores de um grupo padrão, que respondeu anteriormente aos questionamentos. O recurso permite melhor assimilação do feedback e a comparação das marcas pessoais com as de referência, indicando quais aspectos devem ser priorizados e como fazer isso.

Quais soft skills são valorizadas em um líder?

Quer saber qual é o perfil desejado em um líder? Que tal descobrir se você já possui algumas das habilidades para atuar em um cargo de liderança? Separamos as principais características dos profissionais que têm melhor performance no trabalho por contar com o atributo. Confira:

Empatia

Entender como o outro se sente é fundamental para preservar o bom clima organizacional. O profissional empático consegue se colocar no lugar de clientes, subordinados e demais colegas de trabalho, encontrando respostas mais efetivas para os desejos e as necessidades apresentados.

Ele não é um dirigente tirano, já que abre espaço para o diálogo e é um bom gestor de pessoas. Sua ampla visão do negócio o permite dar retorno preciso sobre os questionamentos que recebe.

Objetividade e percepção aguçada

O gestor objetivo tem percepção sinérgica do negócio. Ele sabe como todos os processos funcionam e como estão interligados. Isso permite a objetividade para resolução de problemas.

Além disso, o profissional se atenta aos detalhes, identificando rapidamente quando algo não vai bem e propondo medidas imediatas para solucionar o problema.

Confiança

Há segurança em todas as decisões tomadas pelo profissional que possui um espírito confiante. Ele tem coragem para agir e não se intimida em assumir responsabilidades. Por saber que o erro é uma oportunidade de aprendizado, o líder não teme encará-lo.

Está sempre pronto para fazer o seu melhor para atingir resultados satisfatórios, ascendendo na carreira e permitindo que toda a sua equipe cresça também.

Capacidade de influenciar pessoas

Por todas as características que citamos, o líder com essas capacidades representa muitos ganhos para uma empresa. Com seu alto padrão de integridade, o profissional inspira confiança aos demais funcionários, apontando o caminho a ser seguido.

Utilizando-se de seu grande potencial para gerir pessoas e controlar problemas, ele é encarado de forma espontânea como um modelo de atuação profissional. Seus atos mostram como ser bem-sucedido no ambiente corporativo.

Gerenciar conflitos

O mercado empresarial tem observado a importância da diversidade e da igualdade de gênero nas equipes internas. Além disso, a gestão por competências favorece a criação de times plurais, ou seja, com habilidades bem distintas. Podemos comparar esse cenário ao jogo de xadrez no qual peças com funções e poderes diferentes avançam para a conquista da partida.

Há muitas vantagens nessa “forma de jogar” das organizações. Uma delas é potencializar os resultados para atingir a excelência nos serviços. Porém, apresenta-se para os líderes o desafio de gerenciar conflitos impossíveis de impedir em um ambiente composto de pessoas tão únicas.

Nessa “atmosfera”, um líder capaz de gerenciar conflitos faz toda a diferença. As organizações estão, cada vez mais, demandando de suas lideranças essa habilidade. O fato é comprovado pelo estudo realizado pelo World Economic Forum, um dos maiores órgãos de pesquisas e relatórios sobre mercado, inovação e economia, que identificou a resolução de conflitos como uma das top 10 soft skills para 2021.

O líder que possui essa habilidade, não desistirá facilmente de promover e incentivar o bom relacionamento entre todos. Ele fará isso por focar nas qualidades dos colaboradores em vez dos defeitos. Essa lição será ensinada para a equipe que verá as diferenças como algo positivo e que somará várias vantagens.

Outra ação que é desencorajada por esse tipo de líder é a rotulação das pessoas. Pode acontecer de um colaborador ser evidentemente crítico, mas altamente eficiente nas suas tarefas. E agora? Qual característica receberá um foco maior? Para o bem de todos, o líder estimulará a prática da valorização das habilidades do próximo.

Promover melhorias

O relatório “Organizational Resilience: A summary of academic evidence, business insights and new thinking” feito por David Denyer (professor de liderança e mudança organizacional e diretor comercial e de desenvolvimento na Cranfield School of Management), fala da inovação adaptada – um tipo de resiliência organizacional.

Segundo David Denyer, esse termo demonstra a capacidade da organização de antecipar, preparar, responder e se adaptar a transformações repentinas para sobreviver e prosperar. Em outras palavras, seria a empresa “ficar de pé com a face virada para o vento” das adversidades não apenas suportando, mas “florescendo” durante essas fases.

Uma instituição com essa força tem líderes que buscam melhorias e inovações para manter a saúde do negócio. Para isso, adotam estratégias que visam abrir as portas da empresa para a inovação.

Isso pode significar a adoção de tecnologias, a inserção de programas de incentivo a projetos disruptivos ou a realização de eventos internos. Outra atitude desse perfil de líder é agregar a inovação sem perder o core business (ponto central) do negócio.

Essa atitude é potencializada quando toda a liderança tem a mesma founder’s mentality (mentalidade do fundador) — conceito que mantém a identidade da empresa viva diante das inovações. Sendo assim, a liderança “dá as mãos as atualizações” necessárias na empresa.

Autogerenciamento

No livro “Desafios gerenciais para o século XXI”, Peter Drucker (autor, consultor e ícone da administração moderna), ressaltou a importância do autogerenciamento para os profissionais. Esse assunto é tão importante que o autor reservou um capítulo para destrinchar o tema.

Em resumo, Peter Drucker revela que na era da facilidade em encontrar e absorver conhecimento externo, quem aprende a técnica de compreender a si mesmo pode se tornar um “astro do desempenho”.

O motivo dessa afirmação é simples. Conhecendo nosso interior, conseguimos gerenciar o nosso rumo profissional explorando nossas habilidades e trabalhando melhor as nossas fraquezas. Mas que ligação há entre o autogerenciamento e a resiliência? Vamos explicar.

Os líderes que unem essas duas habilidades conseguem desenvolver mecanismos emocionais próprios que elevam o seu nível de adaptabilidade diante do novo ou de situações adversas. Por exemplo, se a empresa está enfrentando uma fase difícil, o equilíbrio nas reações dos líderes será fundamental para manter a tranquilidade dos colaboradores.

Além disso, será possível pensar de modo mais racional qual é o melhor caminho para driblar a crise. Foi exatamente esse tipo de comportamento na liderança que salvou a famosa empresa Lego de uma falência. Devido a mudanças no mercado de brinquedos, a organização começou a declinar ao passo que não conseguia se reinventar.

Foi graças ao CEO Jorgen Vig Knudstorp, e ao seu autogerenciamento, que a empresa retomou o rumo do crescimento. O segredo do sucesso veio quando esse líder serenamente incentivou o conselho de executivos da Lego a continuar investimento nos seus tradicionais bloquinhos de brinquedo, mas reatando os laços afetivos com os clientes por meio da inovação. Em resumo, o autogerenciamento da liderança conduziu a soluções eficientes.

Prudência

Prudência significa a capacidade de analisar as variáveis existentes e avaliar as possíveis consequências de uma atitude ou decisão. Podemos dizer que um líder prudente é também sensato, moderado, cauteloso e, principalmente, perspicaz. Como assim?

Embora pareça que uma pessoa prudente não comete erros, a grande verdade é que até alguém com essa qualidade tem falhas. No entanto, a diferença é o aprendizado com o erro. Uma vez que o prudente comete uma falha, ele aprende, tira lições e busca fazer algo muito melhor.

É exatamente esse comportamento que uma pessoa prudente possui diante das falhas cometidas. Quando um líder demonstra a capacidade de analisar bem antes de tomar uma decisão, e mesmo errando, não desiste de tentar novamente de outra maneira, ensina seu time o valor da prudência.

Não perca mais tempo! Desenvolva a capacidade de resiliência e de outras soft skills  e usufrua de todos os benefícios que ela proporciona. Para crescer em sua carreira e influenciar pessoas, é preciso possuir essa habilidade.

Gostou do nosso artigo? Quer continuar bem informado? Para recebendo todas as novidades que compartilhamos no nosso blog, acompanhe a Grou nas redes sociais!