O Setembro Amarelo traz um alerta importante e um pedido de atenção. Por isso, a data precisa estar presente no calendário do RH, sendo trabalhada de forma humanizada e não apenas como algo protocolar.
Por isso, para ajudar você a entender o real significado dessa iniciativa, preparamos esse conteúdo, com algumas dicas e referências para auxiliar na forma como o assunto pode ser trabalhado dentro das empresas.
Durante os 30 dias do mês de setembro são desenvolvidas ações para prevenção ao autoextermínio. Aqui no Brasil, desde 2014, a data é organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) , em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Instituições, organizações, entidades e empresas têm percebido a importância e a necessidade de falar sobre o tema – que até bem pouco tempo era considerado um tabu.
Segundo dados divulgados pela ABP, no Brasil, os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser bem maiores em decorrência das subnotificações. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), acredita-se que a cada 40 segundos uma pessoa comete autoextermínio no mundo.
Conforme a ABP, estudos indicam que em mais de 98% dos casos, o autoextermínio foi causado por transtornos mentais não tratados de forma correta ou que não foram identificados ou acompanhados
Os números revelam ainda que quase 97% estão relacionados à depressão e ao transtorno bipolar. Os dados reforçam que, cada vez mais, é preciso falar sobre saúde mental e estarmos abertos para acolher e praticar uma escuta ativa, para que, assim, seja possível ajudar na prevenção a novos casos.
O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é 10 de setembro, mas a campanha acontece – e precisa acontecer – durante todo o ano.
A ajuda de todos é necessária para que essa pauta seja trabalhada de forma humanizada e correta. Por isso, em 2019, com o objetivo de reduzir as taxas de suicídio em um terço até 2030, a OMS elaborou um guia com quatro estratégias fundamentais:
E é justamente nesse último ponto que o RH pode – e deve – atuar: a empresa precisa ser um espaço de diálogo e bem estar, além de oferecer amparo e cuidado à saúde mental dos colaboradores.
Por isso, confira agora, algumas dicas que ajudarão o seu RH a desenvolver ações sobre o Setembro Amarelo.
O primeiro passo para conseguir estruturar qualquer ação é conhecer sobre o que se está trabalhando. Assim, é necessário que o RH entenda o que é a campanha, a origem, bem como a importância e seu real significado. Com essas informações em mãos, é possível definir um plano com atividades e saber a forma correta para abordar o assunto com os colaboradores.
Falar sobre saúde mental se tornou ainda mais necessário com a chegada da pandemia. Se antes já havia uma preocupação por parte das empresas em relação ao bem-estar emocional dos colaboradores, após a Covid-19, o desafio do RH para lidar com o tema ficou ainda maior.
Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Kaiser Family Foundation, 45% dos entrevistados relataram que a saúde psicológica foi afetada pela pandemia.
Aqui no Brasil, conforme dados da International Stress Management Association (ISMA), nove em cada dez pessoas no mercado de trabalho apresentaram sintomas de ansiedade e 47% delas tiveram sinais de depressão.
Até bem pouco tempo, falar sobre doenças relacionadas à saúde mental era um verdadeiro tabu. Porém, aos poucos, com informações e o apoio de órgãos confiáveis, o assunto vem ganhando destaque. E o RH também vem encontrando maneiras de conscientizar o time sobre o tema.
Realizar palestras com especialistas, oferecer treinamentos aos colaboradores para que eles possam identificar sinais de alerta, distribuir informativos sobre o assunto e promover uma escuta ativa são algumas maneiras de conscientizar sobre a importância dos cuidados com a saúde mental.
Em toda empresa é fundamental que o RH esteja de portas abertas para atender aos colaboradores, construindo uma boa comunicação e permitindo que os profissionais sintam-se seguros para procurar o setor tanto para questões profissionais, quanto pessoais.
Quando o colaborador procura o RH, trazendo questões emocionais, é crucial acolher esse profissional e saber praticar uma escuta ativa, livre de julgamentos.
Além disso, também é importante que os profissionais de RH e os gestores saibam identificar sinais de alerta que possam indicar desordens mentais ou potenciais casos de autoextermínio no time. Alguns fatores que devem estar no radar são:
Caso identifique algum desses sinais, é preciso que o RH ofereça o suporte necessário ao colaborador e indique ajuda de um profissional.
Manter um clima organizacional amigável também é uma forma de colaborar com a saúde mental dos profissionais da sua empresa. Um ambiente saudável, em que a cooperação, a valorização e o engajamento façam parte do processo, pode contribuir para um time mais feliz e produtivo.
Além disso, investir em estratégias que estimulem e promovam o bem estar dos profissionais é uma ação que pode trazer bons resultados, como:
Bem, agora você já sabe o que é a Campanha Setembro Amarelo e a importância de trabalhar esse tema de forma humanizada não só durante este mês, mas ao longo do ano junto com o seu time, certo?
Além de investir em uma estratégia de conscientização, é importante também dar visibilidade aos serviços de apoio, como o Centro de Valorização à Vida, o CVV, e deixar claro que o seu setor está de portas abertas para ouvir e acolher os profissionais da sua empresa.
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