O RH é um dos setores mais importantes das empresas, já que é responsável por conduzi-la ao sucesso por meio do engajamento de todos os colaboradores. Contudo, é indispensável que os profissionais de gestão de pessoas atuem com resiliência, adaptando-se às mudanças e superando os desafios. Se precisamos desenvolver a resiliência dos demais, também é necessário estar com essa soft skill em dia, certo? Conheça alguns caminhos possíveis para alcançar esse objetivo.
O principal desafio de RH da atualidade é a transformação da atuação operacional para a estratégica, a parceria com outros setores da companhia, bem como o surgimento de inovações que devem ser incorporadas com agilidade. Sem isso, não só o RH, mas todo o negócio pode ser prejudicado.
Pensando nisso, este artigo é um guia introdutório e prático especialmente para você. Vamos falar sobre a resiliência como missão do setor de RH e as principais transformações que demandam uma nova postura na gestão de pessoas. Boa leitura!
Antes de qualquer coisa, precisamos entender o que é resiliência. A palavra vem da física e significa a capacidade de voltar ao seu estado natural após um tensionamento, ou seja, não deixar se abater pelas dificuldades diárias. Para muitos, essa é a característica-chave para alcançar o sucesso no que faz.
Ao contrário do que pode parecer, resiliência não significa enfrentar situações de sofrimento de maneira passiva, mas sim a capacidade de lidar com mudanças inesperadas sem um desgaste emocional permanente. Em um artigo para Harvard Business Review, Seligman (2014) definiu a resiliência como a capacidade de se adaptar a situações desafiadoras e as enfrentar de maneira positiva.
Afirmar que o RH deve ter a resiliência como missão implica em não se deixar parar por dificuldades diárias que possam surgir. Algumas companhias ainda veem o setor como o Departamento Pessoal (DP), responsável por realizar apenas as atividades burocráticas. Por isso, não convertem um orçamento adequado para contratação, integração e treinamentos dos profissionais.
Em outros lugares, há um sobrepeso para o setor. Mesmo as atividades que seriam de responsabilidade dos líderes de equipe, como o feedback aos liderados por exemplo, é atribuída ao RH, mantendo-o ocupado com atividades-meio. Ainda assim, o primeiro passo para construir uma cultura organizacional que fomenta a resiliência nas equipes é desenvolver essa soft skill nas lideranças e nos profissionais de RH.
O papel do RH mudou muito nas últimas décadas e isso pode ser confirmado por meio de pesquisas. Organizações que investem efetivamente na gestão de pessoas possuem desempenho 51% superior à concorrência, segundo a revista Harvard Business Review.
Empresas com profissionais felizes têm 50% menos acidentes laborais, de acordo com um estudo da Gallup. Já uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.
Atualmente, não é responsabilidade do profissional de RH desempenhar apenas as atividades operacionais, como o relacionamento com os sindicatos de classe e as rescisões trabalhistas. Também é normal vê-lo se responsabilizar pela construção de uma marca empregadora, implementação de sistemas de automação, utilização de grandes volumes de dados e People Analytics para tomar decisões e assim por diante.
Por isso, é preciso ter a mente aberta e abraçar as mudanças que surgem, utilizando-as como força para continuar crescendo.
Dentre as principais transformações, é possível destacar:
Essa é apenas a ponta do iceberg. É muito provável que tecnologias ainda mais exponenciais surjam, transformando ainda mais a forma como RH, empresa e profissionais se relacionam. Para o RH, é crucial seguir se adaptando.
Como consequência das novas atribuições e tecnologias ligadas ao RH, é essencial que o setor esteja capacitado para atuar em parceria com todos os outros departamentos da empresa. Essa integração pode até ser mais um desafio a ser superado, afinal, diferentes setores de uma mesma empresa às vezes possuem subculturas que os tornam únicos na forma de pensar, agir e reagir. Por isso, também, a importância de uma cultura organizacional forte e que faz sentido para o objetivo em comum de todos.
Um setor que o RH tem tido cada vez mais contato é o de marketing. É comum a construção de estratégias de endomarketing, o marketing aplicado aos colaboradores, a implementação de novos canais de comunicação interna e o desenvolvimento da marca empregadora.
Como as novas tecnologias permitem entrevistas online, gerenciamento de trabalho remoto e a aplicação de People Analytics para tomada de decisões, também é comum que o RH esteja cada vez mais próximo do setor e dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI).
Não podemos esquecer que o RH também é o setor que sofre muita pressão por intermediar a relação entre a empresa e seus colaboradores. O motivo é que, em algumas situações, pode acontecer de os dois lados possuírem objetivos opostos.
Uma companhia que busca reduzir seus gastos vai optar por eliminar custos que possam afetar sua taxa de lucratividade. Isso pode incluir comissões, treinamentos ou premiações por exemplo. Os profissionais, por outro lado, desejam salários cada vez melhores, bem como o reconhecimento e recompensas financeiras por suas conquistas e atingimento de metas dentro da empresa.
O setor que atua como balança é o RH, intermediando a vontade das duas partes. Por isso, é importante que os profissionais de RH saibam pensar de forma estratégica, planejar o que será feito, calcular o ROI dos investimentos e garantir os resultados que a empresa precisa.
É importante lembrar que o principal insumo do RH são as pessoas e desenvolvê-la significa aumentar o capital humano das empresas. Por isso, pode ser muito prazeroso e gratificante trabalhar com os colabores e pensar em estratégicas para que eles agreguem novas soft skills, mas é fato que existem diversos contratempos que tornam essa atividade desafiadora e até estressante.
A gestão de conflitos interpessoais ou intergrupais, por exemplo, sempre existirão, por melhor que seja o clima organizacional e a comunicação interna. Outra situação adversa é a insatisfação dos profissionais da empresa, que deve ser tratada com certo jogo de cintura por meio da equipe de gestão de pessoas e das lideranças. Além disso, é possível atuar de maneira preventiva por meio das estratégias de retenção dos talentos.
Agora você entende por que a resiliência é uma das principais missões do RH? Seja a sua própria ou a dos colaboradores da empresa de maneira geral. É indispensável atuar com foco e determinação, mantendo-se firme em meio às adversidades que surgirem ao longo do caminho.
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