Transição de carreira: até que ponto controlamos o nosso sucesso?

O mercado de trabalho vem sofrendo mudanças consideráveis em virtude do avanço da tecnologia, de maiores níveis de exigência dos consumidores, da concorrência acirrada, e do acesso fácil e rápido a informações. Esse cenário evolutivo interfere de maneira crucial na vida do profissional em transição de carreira.

Por melhor que seja seu planejamento de carreira, é difícil prever as circunstâncias futuras e quais serão as condições de trabalho no curto prazo. Esse desconhecimento — natural e comum a todos — deixa o profissional à mercê de impactos e pressões inesperados, que influenciam em suas decisões e no alcance de seus objetivos.

Entretanto, como você é o protagonista de sua carreira, sendo o único responsável por seu desenvolvimento, por criar as oportunidades certas e aproveitá-las da melhor maneira, entende que ninguém poderá fazer isso, a não ser você mesmo.

Um alto grau de qualificação, desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais e um bom networking são requisitos necessários e eficazes para alcançar o sucesso na carreira. Mas até que ponto esse controle está em suas mãos? Como fazer para se manter no comando e não perder as chances de chegar ao topo?

Para lhe ajudar nessa jornada de autoconhecimento, autocontrole e desenvolvimento de habilidades comportamentais, confira neste post aspectos importantes a serem avaliados e quais ferramentas estão ao seu alcance para vencer mais essa etapa!

O que mudou no mercado de trabalho?

A velocidade das mudanças no mercado é impressionante. Em pouco tempo, o que era uma tendência surge diante de nossos olhos como realidade e exigência prática. A tecnologia é responsável por essa velocidade, mas outros aspectos também influenciaram essas mudanças.

O mercado consumidor se comunica com suas marcas em questão de segundos, manifestando reclamações e sugestões, e gerando tendências que devem ser respondidas rapidamente pelas organizações. As empresas não podem mais se dar ao luxo de demorar a reagir, mostrando mudanças e evoluções em seus produtos, serviços e comportamentos.

A palavra-chave para os dias de hoje é precisamente essa: comportamento. O comportamento do consumidor influencia o das empresas, que, por sua vez, exige de seus colaboradores novas habilidades comportamentais que aumentem a produtividade, desenvolvidas em alto nível.

Se há alguns anos o QI — quociente intelectual — era o fator mais relevante em processos seletivos para contratações ou promoções, hoje o aspecto mais determinante no sucesso de um profissional é o QE — quociente emocional.

O mercado de trabalho procura por profissionais que saibam trabalhar em equipe, consigam liderar e se comunicar com sucesso, e tenham empatia para compreender os sentimentos de seus pares, superiores, clientes e fornecedores, de forma a perenizar as relações e aumentar a fidelização.

O profissional precisa atender a esse nível de exigência, e o caminho é praticar o autoconhecimento, de forma a potencializar seus pontos fortes, aperfeiçoar os pontos que precisam de melhoria, desenvolver o autocontrole sobre suas emoções e reações, facilitar o trabalho em equipe e usar de empatia para gerar relacionamentos saudáveis e produtivos.

Outra habilidade imprescindível é a resiliência, capacidade de suportar pressões e impactos, absorvendo o aprendizado com as situações e retornando ao estado original mais forte e maduro.

Se, há alguns anos, essas características eram consideradas um diferencial, hoje se enquadram em requisitos básicos e essenciais para qualquer profissional com o objetivo de obter êxito em sua carreira.

Quais são as competências necessárias para um profissional?

As competências técnicas dizem respeito à capacidade de realizar tarefas em suas mais diversas complexidades e especificidades. Essa habilidade norteou o conceito de produtividade por vários anos.

Atualmente, além das técnicas, as competências comportamentais têm alcançado destaque e vêm sendo cada vez mais valorizadas pelo mercado, que procura profissionais desenvolvidos em termos comportamentais, por serem aqueles que apresentam os mais altos índices de produtividade.

As razões dessa busca são justificadas porque esses profissionais pensam e se engajam como se fossem os próprios donos do negócio, assumindo a postura de tomadores de decisão, assim, além de trabalhar bem em equipe, conseguem impulsionar o trabalho dos demais, potencializando os resultados.

Eles não apenas são produtivos, mas fazem com que os demais também o sejam. Essa postura é resultado da decisão de assumir o protagonismo da carreira. Sem esperar que alguma oportunidade apareça para que ele a aproveite, o profissional assume a responsabilidade de criar as próprias chances.

Agindo assim, ele não espera que as circunstâncias ideais surjam na empresa, mas ele trabalha — motivando e orientando os demais sobre como fazê-lo — de forma a construir o caminho do sucesso independentemente do projeto em que está alocado.

Essa postura ativa possibilita a construção de relacionamentos saudáveis, produtivos e duradouros, trazendo benefícios para a empresa, para a equipe e para o próprio profissional. Ele constrói um networking forte, com benefícios atuais e futuros, pois os relacionamentos que cria são saudáveis e produtivos para todos.

As habilidades comportamentais não apenas complementam as técnicas, mas as aperfeiçoam e potencializam a capacidade do profissional.

Como um software pode ajudar a desenvolver a nova carreira?

O comportamento humano não possui uma velocidade de mudanças compatível com a da tecnologia. A identificação de habilidades e dos aspectos passíveis de aperfeiçoamento pode levar tempo e até mesmo não ocorrer sem ajuda externa.

O mapeamento de habilidades comportamentais permite a identificação dos pontos de melhoria em cada capacidade identificada, mostrando como esse objetivo pode ser alcançado.

Uma ferramenta de mapeamento comportamental identifica qual o status de cada competência, quais aspectos devem ser melhorados e qual o caminho para o desenvolvimento da habilidade.

Uma vez conhecedor das habilidades necessárias à nova carreira, o profissional direciona seu desenvolvimento com objetivos mais claros e bem definidos sobre quais competências precisará desenvolver, quais delas deverá potencializar e que mudanças serão necessárias para alcançar esses objetivos.

Quando assume o protagonismo de sua carreira, o profissional passa a não depender da empresa ou da decisão de um superior para obter sucesso. Ele depende de si mesmo, pois conhece as contribuições que pode oferecer ao negócio, e não tem medo de conversar sobre a carreira, pois se enxerga como uma empresa individual que não aceita limites impostos pelo mercado.

Assessorado pela ferramenta, o profissional desenvolverá propósito de carreira. Ele entenderá melhor sua vocação, percebendo diferenças e similaridades entre o que faz e aquilo que ama fazer.

Esse conhecimento leva a uma mudança de postura diante de si mesmo, do mercado e da empresa onde trabalha — ou onde pretende trabalhar. A mudança significativa é resultado da percepção de seus talentos e do quanto ele tem se utilizado deles para seu trabalho.

Essa percepção proporcionará melhor engajamento com suas atribuições e facilitará a adaptação na nova carreira — sem mencionar o desenvolvimento de características indispensáveis para sua profissão.

Andrew S. Grove, Chairman e CEO da Intel explica: “Ninguém deve a você uma carreira. Sua carreira é, literalmente, o seu negócio. Você está concorrendo com milhões de empresas semelhantes em todo o mundo. Você precisa aceitar e tomar posse de sua carreira, suas habilidades e o sincronismo de suas mudanças”.

Esperamos ter ajudado em seu planejamento de transição de carreira. Queremos conhecer sua opinião e suas impressões sobre o assunto. Deixe seu comentário!

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