Como e por que mensurar a resiliência dos colaboradores?

Imagine que a sua empresa é responsável por uma maratona. Para o dia que a corrida foi marcada, uma tempestade está prevista – o que causa bastante indecisão e medo nos participantes que vão compor o evento. A presença e participação de todos é essencial para que tudo saia como o planejado e para que haja sucesso. 

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Agora, imagine que, por causa da chuva, metade deles desista e não compareça. Você, provavelmente, ficará frustrado por não conseguir concluir seu propósito de realizar uma maratona bem-sucedida, assim como os participantes também ficarão frustrados por não terem participado e desistido, provavelmente por não se acharem capazes de concluí-la da mesma forma que conseguiriam em um dia de tempo bom.

Resiliência: adversidade x persistência

No exemplo, acontece um caso comum de adversidade x persistência. Enquanto alguns continuaram persistentes, mesmo em meio à possibilidade de um temporal, porque estavam visando a vitória e o objetivo final, outros desistiram logo quando souberam da possibilidade de haver uma mudança no script planejado. 

Você já se perguntou por que algumas pessoas parecem manter a calma diante de um desastre enquanto outras parecem desesperadas? As pessoas que conseguem manter a calma têm o que os psicólogos chamam de resiliência ou capacidade de lidar com problemas e contratempos. Pessoas resilientes são capazes de utilizar suas habilidades e pontos fortes para lidar e se recuperar de problemas e desafios.

Esses problemas podem incluir perda de emprego, problemas financeiros, doenças, desastres naturais, emergências médicas, divórcio ou morte de um ente querido. Ao invés de cair em desespero ou se esconder de problemas com estratégias de enfrentamento prejudiciais, pessoas resilientes enfrentam as dificuldades da vida de frente. Mas isso não significa que eles experimentem menos sofrimento, angústia ou ansiedade do que as outras pessoas. Significa que eles lidam com essas dificuldades de maneiras que promovem força e crescimento. Em muitos casos, eles podem emergir ainda mais fortes do que eram antes.

Por que mensurar a resiliência nos colaboradores?

A flexibilidade e adaptabilidade não são características comuns em pessoas resilientes à toa. Em momentos difíceis, como os atuais, profissionais resilientes são os responsáveis por dar continuidade ao sucesso da sua empresa, até quando os fatos não parecem ser nada bons. A visão otimista e macro possibilita que esses colaboradores consigam encontrar soluções para tais adversidades e saiam ainda mais desenvolvidos da experiência negativa.

A empresa, tendo um parâmetro e dados de como a pessoa tende a reagir diante de situações desafiadoras pode planejar melhor suas ações. Além disso, a mensuração dessa soft skill permite desenvolver e elaborar programas de desenvolvimento da competência nas áreas que são mais carentes desses profissionais. 

Em questão de ganhos, o negócio deixa de perder, em média, 14 mil reais (por colaborador) a cada contratação que não foi assertiva. Ou seja, fazendo um processo de seleção e recrutamento bem estruturado, mensurando as soft skills dos candidatos antes mesmo de contratar, você consegue analisar exatamente o fit daquela pessoa com o cargo – que pode requerer um profissional resiliente, como em funções que lidam com mudanças repentinas e problemas diários. 

Como mensurar?

O Questionário de Resiliência é uma ferramenta totalmente online que conta com algumas questões para a avaliação do perfil de resiliência dos profissionais. Os participantes devem acessar um convite e responder a algumas perguntas. Após isso, são gerados alguns relatórios que indicam o perfil de resiliência com base em 8 componentes:

  1. autoconfiança: ter segurança em relação às condições disponíveis para lidar com diferentes situações;
  2. otimismo: ser dotado de uma visão positiva da vida e acreditar que as coisas darão certo;
  3. direção com propósito: contar com uma direção clara do que seguir e manter-se comprometido a alcançar os objetivos;
  4. adaptabilidade: ser capaz de mudar e ficar confortável em relação às alterações de determinados planos;
  5. criatividade: pensar sobre as várias maneiras para resolver os problemas e ser ágil em identificar soluções;
  6. orientação para o desafio: ver situações difíceis como oportunidades de desenvolvimento e buscá-las ativamente com objetivo de se aprimorar;
  7. controle emocional: manter a calma mesmo em situações difíceis;
  8. busca de apoio: conseguir perceber que as respostas não estão somente em si mesmo, se sentir confortável para falar com os outros e buscar recursos quando estiver em dificuldade.

Depois que o relatório é gerado, é sempre conveniente a realização de uma entrevista de devolutiva dos resultados,  seja pelos gestores ou por parte do RH das empresas. Esse momento serve para validar, justamente, a pontuação das pessoas em cada um dos componentes e refinar o processo.

Para isso, pode-se pedir exemplos aos profissionais sobre por que cada resposta foi dada e tentar entender alguns parâmetros. Assim, o resultado pode contribuir de forma ainda mais efetiva para as ações tomadas a partir dos diagnósticos gerados.

Em meio ao cenário atual, as mudanças e adversidades são inevitáveis e é imprescindível se manter firme frente a elas. As transformações podem ter efeitos positivos no futuro e tanto você quanto o seu negócio podem colher frutos disso – por mais que, agora, possa parecer que não. No mundo VUCA que está se moldando, desenvolver as competências socioemocionais nos profissionais da sua empresa deve fazer parte da sua cultura organizacional e não só um projeto de integração e desenvolvimento pessoal.

Por isso, conte com as nossas soluções para gestão comportamental e continue focando a sua empresa no que realmente importa: as pessoas! 

 

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