Perfil comportamental proativo x receptivo no PDA
Se você acompanha o nosso blog ou as demais redes sociais, provavelmente, também é um fã da tecnologia. Você já deve saber os benefícios de utilizar ferramentas baseadas em inteligência artificial para a Gestão de Pessoas, automação de processos burocráticos, entre outros. Hoje, vamos conversar um pouco sobre como e por que identificar o perfil comportamental proativo e receptivo de forma assertiva e prática.
O PDA (Personal Development Analysis) é uma ferramenta de assessment que nos permite gerar perfis comportamentais; ou seja, avaliar de uma forma simples, precisa e científica as renomadas soft skills. E como fazemos isso? É simples. Tudo começa com um formulário bastante intuitivo. Para preenchê-lo, deve-se despender uma média de 10 a 30 minutos e os resultados (relatório) são emitidos imediatamente. De forma detalhada, o relatório individual apresenta um descritivo do Perfil Natural (o que é natural e “fácil” de se fazer, cômodo e espontâneo) da pessoa em questão, seu Estilo Gerencial, Estilo de Vendas (ou Negociação), norteadores de como liderar efetivamente essa pessoa, seus pontos fortes que podem se converter em limitações e aspectos para lhe motivar efetivamente. Também apresenta o Perfil Adaptado (os esforços que vem apresentando para se adaptar ao ambiente, mediante o que compreende que o ambiente está lhe solicitando).
Perfil comportamental e a Teoria da Personalidade
O software é fundamentado na Teoria da Personalidade, de William Marston. Marston graduou-se em Harvard, no ano de 1921 e realizou seu PhD em Psicologia. Como psicólogo e inventor, em 1928 publicou seu renomado livro Emotions of Normal People (Emoções das Pessoas Normais), onde discorre sobre sua Teoria da Personalidade. Marston acredita que o comportamento humano baseia-se em uma resposta proativa ou receptiva, dependendo de como o indivíduo percebe o meio: ambiente favorável ou desfavorável. Didaticamente, o autor elucida sua teoria no modelo visual de quatro quadrantes.
Conforme indicado acima, esse modelo é dividido em quatro quadrantes unipolares, independentes entre si. A tendência da pessoa agir está representada pelos quatro Eixos, originados no centro de uma esfera e cada vetor representa um dos quatro estilos de personalidade descritos por Marston. Sendo assim, nasce a metodologia DISC, pesquisada e aprimorada até os dias de hoje. Anos depois, o autor acrescentou um quinto Eixo, este foi denominado como Autocontrole e indica a capacidade individual para autodisciplina, previsão, habilidade para planejar e administrar adequadamente os impulsos. Esse eixo funciona como uma espécie de “guarda-chuva”, incidindo e influenciando os demais.
Toda essa introdução é importante para entendermos um dos grandes diferenciais do PDA, quando comparado a outros softwares de análise de soft skills do mercado. O PDA é o único software baseado na metodologia DISC original, abrangendo os 5 eixos descritos por Marston. Após novos estudos – e com o intuito de tornar a linguagem mais acessível e próxima ao nosso cotidiano – a PDA International adaptou a nomenclatura criada por Marston.
Eixos de análise do perfil comportamental
- Dominância -> RISCO: mede o desejo da pessoa de atingir resultados, seu nível de iniciativa e de disposição para lidar com situações em que deve e/ou pode assumir riscos para alcançar os objetivos.
- Influência -> EXTROVERSÃO: mede o grau em que a pessoa deseja ou se inclina a interagir com outras pessoas, se é persuasivo, ou introvertido e mais formal em suas interações.
- Estabilidade -> PACIÊNCIA: mede a tendência da pessoa responder de forma paciente e pacífica diante das situações do ambiente, sua propensão a estabilidade e planejamento, ou ao dinamismo e mobilidade.
- Conformidade -> NORMAS: mede o quanto o indivíduo requer apegar-se (ou o quanto conforma-se) diante de normas e procedimentos; se é uma pessoa mais detalhista, ou mais independente e autônoma.
As análises eixo a eixo são extremamente importantes e são parâmetro para profundas interpretações de soft skills. Contudo, existem correlações entre eixos que trazem riqueza e ampliam o olhar sobre o perfil comportamental de cada um. Você sabia que com o PDA podemos observar se o indivíduo possui uma tendência comportamental a ser proativo, ou a ser receptivo? Já pensou que uma boa alocação desses perfis pode contribuir ainda mais com a redução do turnover, otimizar os processos de contratação, integração e desenvolvimento de equipes? Afinal de contas, é isso que toda empresa e todo o RH precisa, né?
PERFIL PROATIVO
É característico da combinação entre o eixo do risco e o eixo da extroversão, quando apresentam-se em uma tendência alta. O Risco Alto representa a tendência a ter comportamentos competitivos e confrontativos, são pessoas mais arriscadas e orientadas para resultados. Já a Extroversão na tendência alta, representa a tendência do indivíduo em ser sociável, influente e voltado a pessoas, de forma proativa.
Esses são indivíduos tipicamente inicializadores: empreendedores, ágeis e influentes. Não apresentam dificuldade em assumir riscos e possuem uma grande habilidade para motivar pessoas. Quando falamos de uma boa alocação desse perfil (em termos gerais de mercado) costumam ser requeridos e performar bem em cargos comerciais e de liderança. Tipicamente e comumente intitulados como os “líderes natos”.
PERFIL RECEPTIVO
Característico da combinação entre paciência e normas em uma tendência alta. O eixo da Paciência quando está na tendência alta, representa comportamentos mais propensos a rotina, ao planejamento e a organização; são indivíduos receptivos à pessoas. Já o eixo das Normas na tendência alta, reflete a propensão à disciplina, à orientação à qualidade e ao processo.
É um perfil finalizador: cuidadoso, lógico, meticuloso e preciso. Tem apreço por regras explícitas e instruções claras, tendo preferência por procedimentos operacionais. Ao pensar em cargos mais compatíveis com esse perfil comportamental, normalmente possuem boa adesão a carreiras administrativos, financeiras e burocráticas. São almejados e costumam performar bem em cargos técnicos.
É claro que não podemos deixar de ter em mente que a cultura organizacional e os job descriptions são extremamente importantes, e até mesmo decisivos, para pensarmos em alocação de perfil. Cada empresa, cada cultura e cada cargo possui desdobramentos únicos que devem ser levados em consideração na hora de pensarmos em uma alocação assertiva. Inclusive, dentro do PDA podemos criar cargos sob medida e gerar compatibilidades pessoa x cargo. Mas esse é assunto para outro texto, né?
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