Liderança remota: desafios do trabalho híbrido

profissionais em uma reunião por vídeo

As recentes afirmações de Elon Musk em relação ao trabalho remoto causaram polêmica e trouxeram a pauta novamente para a discussão. Nas declarações do bilionário, os funcionários da Tesla deveriam voltar ao trabalho presencial e, caso se recusassem, poderiam “fingir que trabalham” em outro lugar.

Enquanto as redes sociais foram tomadas por diferentes opiniões a respeito das falas de Musk, as estatísticas de mercado são objetivas e mostram que, para a maioria dos profissionais, o modelo híbrido veio para ficar. Mesmo com a forte retomada das atividades presenciais, os colaboradores afirmam que a flexibilidade é um fator norteador para a  entrada e permanência nas empresas.

Isso é o que também enfatiza a pesquisa realizada pela OnePoll com trabalhadores de 10 países diferentes (dentre eles, o Brasil). Nela, 57% dos entrevistados disseram preferir o trabalho híbrido e 69% deles consideram abandonar seus empregos caso não tenham a possibilidade de escolher entre os formatos remoto, híbrido ou presencial.

Se para os profissionais a melhor alternativa parece ser a flexibilização, para algumas empresas ainda não é possível afirmar qual é o modelo ideal a ser seguido. Dentre as principais razões para isso, estão as dificuldades sentidas pelos gestores no que envolve liderar, engajar e fomentar a cultura organizacional fora do regime presencial. 

Neste contexto, a responsabilidade de gerenciar equipes de forma efetiva, considerando as particularidades dos colaboradores e o formato de trabalho acordado, pode proporcionar aos líderes e gestores não apenas desafios, como também ótimas oportunidades de desenvolvimento. Confira a seguir: 

Adaptação

Um bom líder tem o papel de fornecer todo o suporte para que seus colaboradores possam se adaptar ao ambiente de trabalho, à cultura da empresa e às tarefas rotineiras. Com a mudança para o regime remoto e, posteriormente, híbrido, as pessoas precisaram se readaptar, ajustando seus espaços de trabalho e conciliando a vida profissional com o cotidiano em seus lares. Tudo isso demanda uma nova abordagem por parte das lideranças e é fundamental que os gestores possam apoiar sua equipe. Escuta ativa, empatia e acolhimento podem fazer toda a diferença para o sucesso de um time híbrido.

Comunicação

A comunicação já era uma das soft skills fundamentais na figura do líder pré-pandemia e agora ela tornou-se ainda mais importante. Gerir equipes remotas exige habilidades de comunicação muito bem desenvolvidas, pois é fundamental que o líder forneça informações claras e objetivas, saiba definir e orientar prazos e metas, assim como dar abertura para debates e espaço para feedbacks. Além disso, as lideranças precisam saber se apropriar de tecnologias que otimizam a comunicação e tornam o cotidiano de trabalho mais efetivo.

Confiança

Em contrapartida às falas polêmicas de Elon Musk, a confiança vem como um fator essencial para que os líderes e gestores saibam como gerenciar seus colaboradores. Sem ela, é impossível que a relação entre líderes e liderados se dê de forma transparente, respeitosa e eficaz. A liderança remota tem o desafio e a oportunidade de focar mais nos resultados, metas atingidas e entregas dos profissionais do que no controle e cobrança das atividades cotidianas. E essa também é uma forma muito produtiva de estimular a autonomia e o senso de pertencimento dos funcionários.

“Liderar uma equipe remota é, antes de tudo, liderança, e os princípios de liderança não mudaram: são princípios.”

A frase acima foi construída por dois grandes estudiosos da comunicação e liderança: Kevin Eikenberry e Wayne Turmel. No livro The Long-Distance Leader: Rules for Remarkable Remote Leadership (O Líder de Longa Distância: Regras para uma liderança remota excelente), escrito pelos pesquisadores citados, eles abordam os desafios de gerenciar equipes de forma remota, mas destacam um ponto muito importante: liderar deve estar em primeiro lugar, a localização em segundo. 

Assim, os autores chamam os líderes e gestores para a responsabilidade de se desenvolverem em suas funções, independente de suas equipes estarem presenciais, totalmente remotas ou híbridas. Além disso, as mudanças ocorridas nos últimos anos comprovaram que o mercado pede adaptação, capacitação e flexibilização contínuas. Lideranças que incorporam esse mindset possuem muito mais espaço, reconhecimento e sucesso em suas carreiras.

Por fim, cabe à área de Recursos Humanos, juntamente com as lideranças das empresas, investir em tecnologias focadas na avaliação gerencial. Não apenas para tornar os processos de seleção mais assertivos, como também para a construção de planos de desenvolvimento baseados em dados, que permitam o aprimoramento da performance dos líderes e uma gestão muito mais estratégica, humanizada e voltada para os melhores resultados. 

Se a sua empresa está encontrando dificuldades na contratação de líderes e gestores ou se as lideranças atuais enfrentam problemas na gestão das equipes, conheça a ferramenta Dilemas de Gestão e entre em contato com o time da Grou clicando no link. Estamos prontos para ajudar a transformar a gestão de pessoas do seu negócio!

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